3. – O Sacramento da Crisma
e os Ritos de Passagem.
Ritos de
Passagem são celebrações que marcam mudanças de status de uma pessoa no seio de
sua comunidade, podem ter caráter religioso ou não. (Wilkipédia)
Em todas as
sociedades primitivas, determinados momentos da vida de seus membros eram
marcados por cerimônias especiais, conhecidas como ritos de iniciação ou de
passagem. Essas cerimônias mais do que representarem uma transição particular
para o indivíduo, representava igualmente a sua progressiva aceitação e
participação na sociedade na qual estava inserido, tendo, portanto tanto o
cunho individual quanto o coletivo, (Wilkipédia).
Dentre os
ritos de passagem, o que mais nos chama a atenção é aquele que marca a passagem
da infância para a idade adulta. Tanto, entre os indígenas brasileiros, como
entre os aborígines africanos ou australianos causa-nos admiração e, mesmo
certo sentimento de estranheza quando tomamos conhecimento dos sacrifícios
rituais, a que são submetidos os meninos, antes de serem integrados como
adultos em suas tribos.
Enquanto nos
dias de hoje as cerimônias que marcam um desses momentos importantes na vida
dos indivíduos não representam mais que um compromisso social, mesmo quando
tendo certo matiz religioso, nas sociedades primitivas as promessas feitas por
ocasião dos rituais que marcam os ritos de passagem, são obrigações
indiscutíveis e sagradas e seu rompimento é impensável.
Sem
querermos nos aprofundar no estudo dos ritos de passagem, nem fazermos
comparações sobre a natureza destes ritos e dos sacramentos, podemos notar que
no catolicismo estes últimos ocupam os lugares ocupados pelos primeiros nas
religiões primitivas. A comparação deve ficar por aqui, pois nem os ritos de
passagem são sacramentos, nem os sacramentos são ritos de passagem.
O
sacramento da Crisma representa o assumir de um modo adulto e responsável as
promessas proferidas no Batismo, daí ser também denominado Confirmação.
Espera-se do crismando uma conduta e uma vida coerente com os princípios
religiosos que reafirma. No entanto, o que se observa é um desconhecimento, uma
indiferença e até mesmo uma falta de respeito, por parte daquele que é
crismado, em relação à Crisma que é tratado mais como ato social do que como um
Sacramento.
O ingresso
em determinada associação religiosa, precedido por cerimônias para litúrgicas
ou simplesmente devocionais, é levado em consideração com maior seriedade que o
próprio sacramento da Crisma. Em muitos casos, pessoas que ingressam nessas
associações ou movimentos, conservam e põe em prática, ciosamente os deveres e
obrigações que lhe são impostos em seu ingresso; não raro, acontecem
verdadeiras mudanças de atitude e de vida entre os seus membros. Tudo isso é
compreensível, o que não se compreende é porque o sacramento da Crisma não
provoque mudanças profundas nos crismados.
Historicamente, nos primeiros séculos a celebração da Crisma estava
unida à do Batismo, formando com este na expressão de S. Cipriano um
“sacramento duplo”, com o passar dos séculos formaram-se duas tradições, na
Igreja do Oriente manteve juntos os dois sacramentos, já a Igreja latina passou
a celebrar os dois sacramentos separadamente em distintas ocasiões. Se a
prática do batismo de crianças não só deve ser aceito, mas é até mesmo
recomendável, o mesmo não acontece com a Crisma, pelo menos na tradição da
Igreja do Ocidente.
As
principais razões são: sendo o sacramento da Crisma confirmação do Batismo deve
ter suas promessas confirmadas pelo próprio crismando e, não por um seu
representante (padrinho); segundo, como este sacramento é normalmente
ministrado pelo bispo, é uma excepcional oportunidade para o “encontro no nível
sacramental” entre o crismando e seu pastor.
“A Crisma
propícia o aprofundamento e crescimento da graça batismal e do sentido de
filiação divina, une o crismando mais solidamente a Cristo, torna mais perfeita
sua vinculação a Igreja e concede uma especial graça para testemunhar a Fé”
(Wilkipédia).É importante uma maior conscientização dos crismados Para que
possam melhor testemunhar sua Fé.
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